quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Último post de 2009

A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal.
Machado de Assis


O final do ano é um momento que eu não queria imaginar, mas sinto algo estranho, nem sei como descrever essa sensação. Bem, tenho passado nas cenas nada boas e sentido tão indiferente mais do que devia.
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Tive umas noites mal dormidas, pesadelos constantes, sonhos bizarros, discussões, fúria, pensamentos negativos e, enfim, compulsões naquele maldito dezembro.
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Eis os sonhos:
- Eu estava na sala de aula do curso com a turma, esperando a professora chegar. Me surpreendi vendo a professora chegou acompanhado de Jeremy Gillitzer, um homem anoréxico. A professora começou a falar e mostrando as partes do corpo de J. Gillitzer. E os colegas gritaram e gesticularam em coro sem parar: anorexia. E olharam para mim.
Fiquei tão mal vendo essa cena até chorei.
- Estava entrando na cozinha da casa dos pais, vi uma mesa farta de comida ao redor de familiares e amigos. Comecei a comer todo o que sobrou na mesa. Depois fui vomitar na pia de cozinha diante do pessoal até meu pai cutucar meu ombro com muita força.
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Em algum dia, fui na festa da formatura da amiga no interior onde eu nasci. A amiga, que mora em capital estava na festa, falou que amigos da capital ficaram preocupados comigo por causa de magreza extrema e pediu que eu alimente bem e faça exercícios. Só mexi a cabeça positivamente várias vezes e olhei nos vários espelhos que existem naquele salão da festa. Um gordo.
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Meus colegas ficavam comentando que eu tenho andando mal-humorado e triste durante aulas do curso. Eu só respondo que foi apenas uma tristeza e nada de mais.
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Na ocasião de amigo secreto, minha amiga tirou umas fotos sobre mim. Fui ver e fiquei surpreso que estou muito magro demais nas fotos. E a amiga percebeu nessa e olhou-me séria.
Até sinto um gordo nos dias e magro outro dias. Minha cabeça está ficando cada vez mais agitada e confusa. Quando sinto a necessidade de comer algo, como e depois sinto repulsa. Repulsa todo dia! Até causou vários surtos de ansiedade e depressão por isso. E meu peso varia entre 49 e 52 quilos. Certa vez, resultou 50kg há pouco tempo.
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Na casa dos pais, eu estava reclamando de dor de cabeça intensa por causa de calor intenso, a mãe falou que vomitei de desjejum, daí causou a dor de cabeça. Eu fiquei furioso e falei que comi desjejum e nem vomitei nada. Ela não acreditou.
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Antes de natal chegar, ajudei preparar uma ceia com as tias. Quando passou a missa de galo na TV, a mais velha falou que vai matar galo no dia seguinte para mim. Eu falei, com tom de humor negro, que deve matar um humano ao invés de galo. Ela aproximou de mim, apontou ao banheiro e disse que eu vomito por isso. Gritei que não tem nada a ver, mas ela falou que não vale enrolar.
No final, saiu a ceia tensa nada alegre.
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Estive mal depois de ter consumido um picolé magnum depois de ver tabela de calorias, fui deitar na praça, onde passei durante a tarde de natal com as tias e amigas delas, as lágrimas escorreram no meu rosto sem que elas percebam, mas só perceberam meu rosto triste depois e pediram que eu divirta um pouco com amigos no Gasômetro (ponto turístico de Porto Alegre) para ver fogos, então fui lá de cara amarrada e voltei sem ver fogo. Depois veio o jantar de pizza. Então fui obrigado a comer, comi duas fatias de pizza e fui direto para quarto. Deitado de olhos aberto pensando umas cenas de magreza, emagrecer até 45 quilos depois para 40 quilos e, porém, uma morte merecida depois de pular na janela de sétimo andar.
De repente vi uma menina de vestido xadrez e adormeci.
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Na noite, depois de alimentar um lanche, fui no banheiro para escovar e passar o creme no meu corpo. Depois fui direto para quarto, estava bem cansado. Quando ia fechar olhos, a tia ligou a luz de quarto e começou a falar julgando que eu vomitei por causa de demora. Meu coração começou a bater forte e sentindo uma fúria não acreditando em que a tia falou isso. Gritei que não vomito mais faz três meses. Ela fez uma cara de quem sabe tudo feito uma juíza e tocou na cabeça, um sinal de juízo. E saiu do quarto, fiquei arrasado por ser julgado em que não faço mais isso.
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Então, o maldito dezembro está indo embora. O ano novo chegando. Todas sensações, momentos e pensamentos que presenciei estão em rumo à uma lixeira mental. Que venham a força, vontade de viver e a paciência! Muito obrigado visitantes, seguidores e anônimos pelos teus comentários. Se não fossem vocês, o blog estaria abandonado. Desculpem-me por não ter comentado nos teus blog por falta de tempo, me perdoem? Mais uma vez, obrigado! Feliz Natal atrasado e um bom 2010 para vocês!


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

No mundo da loucura

A loucura é uma ilha perdida no oceano da razão.
Machado de Assis


Depois de um mês longe de blog. O que tenho ganhado durante a ausência? Belos crises de humor depressivo intensos e várias loucuras filosóficas.

Uma vez a mãe e eu discutimos sobre o meu futuro. A mãe disse que, porém, eu leio e reportagens e livros pessimistas contendo alguma tragédia.
Fiquei chateado. E suspirei dizendo que ela não lê algum livro meu e não deve acusar-me de forma crucial.
A mãe não aceita o curso que optei para prestar de vestibular no próximo mês: jornalismo.

Estava me divertindo no meio da festa, encontrei um guri bonito. Fiquei atraído. Me decidi a dar uma cantada diante de uma multidão me observando. Dei uma cantada. Ele ficou puto e saiu. Mas voltou, minutos depois, e trouxe um pequeno bilhete contendo número de celular dele. A multidão aplaudiu para mim pela coragem. Fiquei meio lisonjeado.
O que mais me surpreendeu é que senti mais magro para ele. Até comparei algumas partes de meu corpo com ele. Senti que não fui ideal para ele.

A tia não aguenta me vendo mal humorado, irritado e triste depois de algumas dias. E me perguntou o que houve comigo. Eu respondi uns palavredos. E saí para quarto, me deitei. Fiquei imaginando o que seria de amanhã. Apareceu na minha cabeça uma ordenação.
Pule na janela de sétimo andar imediatamente!
Levantei e olhei a janela de longe. Senti que minha alma correu, pulou da janela e ganhou um belo voo.
Me despertei e estou vivo ainda.

Meus amigos me disseram que estou muito magro. E sugeriram que devo engordar um pouco. Eu falei uns horrores dizendo que não quero engordar. Eles já souberam que tenho transtorno alimentar.

Agora, estou meio estranho. Discuti com colegas e professora no meio de aula. Até pediram que eu pare de tirar fio a fio de cabelos freneticamente. Só parei trinta minutos depois.

Cada dia tento refletir e só sei uma resposta: vou morrer feito um louco.