quarta-feira, 8 de junho de 2011

A vida segue


Eu nunca pensei
que pudesse ser pra sempre
que pudesse ser tão forte.
Eu estava certo
que sabia aonde ia
até chegar num ponto
Sob uma luz ofuscante
onde uma verdade
desapareceu.

Mas ninguém tem culpa
Isto é só um outro dia
Diferente dos outros
Igual a outro dia qualquer.

Nós somos tão jovens
Nós corremos os riscos,
Não precisamos de nada
Não existimos
pra ninguém.

Mas ninguém tem culpa
Isto é só um outro dia
Diferente dos outros
Igual a outro dia qualquer.

Os dias são tão curtos,
as estradas são tão longas
e as horas passam.
Os dias são tão curtos,

as estradas são tão longas

e as horas passam.

Os dias são tão curtos,

as estradas são tão longas

e o tempo passa.

Culpa - Nenhum de Nós

- Você acha que pegou AIDS de mim? - perguntou o companheiro chorando, nervoso.
- Acho que sim, mas não temos certeza. Então temos que fazer exame.
- Posso ir embora?
Suspirei dizendo que pode. Saiu chorando a mais.
E começou a chover na noite triste.

Dia seguinte, tive que tirar fotos para a revista laboratorial do meu curso. Estava chovendo forte. Parei para dar uma pausa. Acendi um cigarro, soltei umas baforadas e fiquei observando a fileira de plátanos.

Completamos um mês e alguns dias. Tudo é incerto. Por que as coisas tinham de acontecer assim inesperadamente?

De repente, senti sangue escorrendo dentro das calças e berrei da dor, chorando. Enquanto as folhas avermelhadas de plátano voam ao sabor de vento gelado e forte.