Fico observando, sem entender nada, nas palestras do congresso internacional, enquanto fico pensando o que vai ser de amanhã. Mesmo querendo estar longe da comida, gorduras e tais. Mas sempre acaba em ficar com os amigos para sentir uma ótima integração através da merda da comida.
Florianópolis guarda os acontecimentos ótimos e piores. Me fez sentir mudado como se fosse tivesse acontecido algo inesperado comigo, sei lá.
Me diverti muito diante dos participantes estrangeiros na festa chique, enquanto gasta horrores com as bebidas importadas sem ter nenhuma preocupação em contar as calorias, vendo gente divertindo, enquanto tenta tirar as fotos sobre as pessoas desconhecidas para perder a timidez.
Me sentia bem estrangeiro, até que rendeu as perguntas das outras pessoas se eu moro em algum ótimo país que não seja a merda do Brasil.
Eu queria sorrir, mas meu sorriso saiu mal-feito. Queria estar feliz, mas minha infelicidade ainda está presente. Queria estar magro, mas não estou satiseito. Queria ser esforçado, mas a merda da procastinação ainda me atrapalha.
Meu mundo desabou quando uma pessoa me perguntou: - Algumas vezes eu fiquei te observando como você come muito de forma rápida e ainda continua magro. Me desculpe pela ofensa, você vomita?
Eu não vomito faz um ano. Eu devia estar feliz com isso, mas os ponteiros da balança continuam aumentando.
Pois é, Florianópolis reservou um lugar para eu chorar e para sentir a maresia sozinho.
Eu devia desabafar melhor, mas sempre saí confuso. Tudo a graças de um cérebro confuso.